
Pode faltar tudo nas campanhas eleitorais, menos os Jingles dos candidatos. Com diferentes formas e ritmos, interessantes ou inaudíveis, os jingles têm como principal objetivo fixar na mente do eleitorado os nomes e os números dos candidatos. Não tendo meios de comunicação em massa como a TV (por exemplo) para divulgação desse tipo de mídia, os candidatos de Jaboatão encontraram um jeito simples para que as suas músicas de campanha cheguem à população: a contratação de carros de som ou trios elétricos.
Barulhentos e com um alto poder de alcance, os trios elétricos desfilam pelas ruas e avenidas de Jaboatão impondo que os moradores ouçam a mesma música a todo instante, independentemente de sua vontade e do horário ser ou não oportuno. O jingle mais interessante e ao mesmo tempo irritante - pela freqüência exagerada que vem sendo tocado - é o jingle do candidato Elias Gomes (PMDB). O ritmo é bom, a letra é de fácil fixação e a qualidade da produção é excelente. Contudo, parece que a coordenação de campanha do candidato anda exagerando na freqüência em que os trios elétricos vêm circulando, principalmente nas Avenidas Bernardo Viera de Mello e nas 3 faixas em Candeias, onde os moradores (em sua grande maioria) preferem o silêncio. André Campos (PT) está começando a cometer o mesmo erro. Seu jingle é menos interessante que o de Elias e de início tocava menos, mas parece que agora está tocando com mais intensidade e já começa a irritar os moradores. Alguns vereadores também começaram a entrar na onda e, aos poucos, as ruas e avenidas de Piedade e Candeias estão se transformando em um carnaval fora de época insuportável e sem graça.
Gostaria de deixar claro que não sou contra os jingles, mas também não posso ser a favor de uma estratégia (no meu ponto de vista) equivocada. Propaganda é essencial para um candidato. Contudo, quando a propaganda deixa de ser agradável e passa a ser irritante, talvez esteja na hora de se rever as estratégias para evitar que a propaganda tenha um efeito contrário ao desejado. Sugiro aos candidatos citados reverem a quantidade de inserções diárias desses jingles e a freqüência em que esses carros de som estão circulando, pois uma freqüência alta de mensagens é necessária apenas no início e no término da campanha. Alternar os jingles em Waves (diminuição da intensidade de inserções por um período, apenas fazendo inserções como manutenção) talvez seja a alternativa para evitar a insatisfação dos moradores que pode acarretar em perda de votos. Outro ponto crucial é a escolha certa do tipo de mídia utilizada de acordo com o perfil do público alvo. Talvez inserções com maior freqüência em carros de som funcionem em outros bairros de Jaboatão, onde o público seja menos exigente quanto ao barulho. Já nos bairros de Piedade e Candeias, acredito que esse tipo de mídia, se não utilizado com cuidado e responsabilidade, pode causar mais prejuízos que benefícios.
Sei que esse post não está diretamente ligado a lagoa, mas eu precisava comentar sobre o assunto. Desejo boa sorte aos candidatos e gostaria de ouvir também (não toda hora -é claro) nos jingles dos candidatos algumas propostas para a Lagoa Olho D'Água. Está faltando...
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