No protesto realizado ontem pela manhã, nas ruas de Jaboatão Centro, os professores municipais em greve, carregaram faixas com expressões contra o prefeito Elias Gomes e o seu filho, Betinho, candidato a deputado Estadual nestas eleições.
Numa das faixas, os trabalhadores em educação diziam: "Elias Gomes, ruim para Jaboatão. Betinho Gomes, péssimo para o Estado". Em outra faixa, os professores perguntavam ao prefeito: Cadê o fardamento escolar Elias Gomes?", referindo-se à polêmica compra do fardamento escolar por preço elevado a uma empresa de SP e que não teria chegado às escolas de Jaboatão. Parte do trânsito foi interrompido e pneus foram queimados.
Os professores de Jaboatão decretaram greve ontem, após diversas tentativas de negociação com a prefeitura de Jaboatão, que se arrastam desde o ano passado, sem nenhum resultado. Os professores reivindicam aumento de salário para todos os níveis, chegando ao piso nacional, que é de pouco mais de R$: 1.300,00. A prefeitura diz que o aumento comprometeria as contas do município. Solicitam também melhorias na estrutura física das escolas. Um vídeo mostrando as condições precárias das escolas de Jaboatão também foi postado no youtube pelo sindicato (SINPROJA) no mês passado.
Em nota, a prefeitura de Jaboatão afirma que o movimento dos professores é um complô do PT contra o governo Elias Gomes (PSDB), organizado pela diretoria do SINPROJA, que estaria apoiando o petista André Campos, que foi derrotado nas últimas eleições pelo tucano.
Tentando combater o movimento, a prefeitura de Jaboatão conseguiu uma liminar proibindo os grevistas de entrarem nas escolas e na secretaria de educação. Outra medida da prefeitura para enfraquecer os sindicalistas foi abrir inscrição para contratação de professores estagiários, que deverão estar substituindo os grevistas nos próximos dias. Os professores que aderirem a greve também terão o salário descontado, de acordo com a secretaria municipal de educação.
Sobre as acusações do movimento ser político, o SINPROJA nega: "Ficam tentando dá uma conotação político eleitoreira a uma campanha salarial no lugar de fazer o que é sua obrigação: cuidar das escolas e pagar um salário justo aos trabalhadores" - disparam os sindicalistas.
O blog procurou o candidato do PT, André Campos, mas ele ainda não deu nenhuma declaração.
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