quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Como Elias Gomes sai enfraquecido após essas eleições?

 Conheça os 5 principais motivos


1 - Sem o apoio do Governador

No início do processo eleitoral, Elias Gomes (PSDB), tentou se posicionar de forma neutra e afirmou que não iria apoiar nenhum candidato a governador, pois não queria prejudicar Jaboatão. Com o anúncio da candidatura de Jarbas Vasconcelos (PMDB), Elias mudou a estratégia e passou a ser um dos poucos prefeitos do PSDB de Pernambuco que não apoiou a reeleição do governador Eduardo Campos. Dessa forma, a "parceria" de antes, provavelmente não existirá mais. Dificilmente, Eduardo Campos associará a sua imagem a de Elias, como fez no início do mandato. Obras de grande porte em Jaboatão, com exceção das essenciais e que já estão em execução, provavelmente, não aconteçam nos próximos 2 anos.

2 - Minoria no Congresso Nacional

Sem o apoio do governador Eduardo Campos, Elias poderia buscar recursos do Governo Federal para obras de saneamento e infra-estrutura, que poderiam dar uma guinada na sua reeleição, tendo em vista que, até o momento, seu governo não realizou grandes feitos ou mudanças, como prometeu. Mas a coligação do partido do tucano, elegeu minoria absoluta entre os 25 deputados federais de Pernambuco. A maior parte são da base aliada do Governador Eduardo Campos. Sem apoio no congresso nacional, Elias Gomes terá que se virar com o orçamento próprio de Jaboatão, que parece não ser suficiente para a realização de grandes obras.


3 - Minoria na Congresso Estadual

No congresso Estadual, Elias Gomes também tem a minoria absoluta na hora de aprovar projetos ou financiamentos que beneficiem Jaboatão (e seu governo). Dos 49 deputados estaduais eleitos, apenas 5 são aliados do prefeito de Jaboatão. Entre eles, seu filho, Betinho Gomes (PSDB). 

4 - Nenhum senador

Se antes o partido de Elias Gomes tinha os 2 senadores que representavam Pernambuco (Marco Maciel e Sérgio Guerra) e mesmo assim o município não recebia investimentos relevantes por falta de projetos, a situação atual tende a piorar. Agora, os dois senadores eleitos por Pernambuco são da oposição. Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB) não devem buscar recursos para Jaboatão, pois significaria fortalecer o tucano Elias. Por mais que se negue, a disputa pelas eleições de 2014 já começou. 

5 - Sem o apoio do presidente

A última cartada do governo Elias Gomes era a possível vitória do presidenciável, José Serra (PSDB). Nos bastidores do poder, comentava-se que seria mais fácil para Jaboatão se Serra vencesse, pois ele facilitaria o repasse de recursos do Governo Federal para Jaboatão. Neste caso, Jaboatão seria a cidade mais importante de Pernambuco administrada pelo PSDB e Serra poderia dar uma forcinha para fortalecer o partido por aqui. Mas Serra não venceu.

Vai ter que ter jogo de cintura

Para continuar administrando Jaboatão e consegui uma possível reeleição, Elias Gomes precisará ter jogo de cintura. A  guerra no cenário político para a próxima eleição já começou e Elias Gomes saiu enfraquecido. O prefeito de Jaboatão dispõe de poucos recursos para administrar e, ao mesmo tempo, realizar  obras importantes e grandiosas de saneamento e infra-estrutura que a cidade tanto precisa.  Essas obras serão essenciais não apenas para o desenvolvimento da cidade, mas para a sua possível reeleição.


Com a minoria no congresso estadual, nacional e no senado, além da possível falta de apoio  do governador e do presidente, Jaboatão passa a ser uma cidade deslocada no cenário político do Estado. 


A possível e futura estratégia do tucano, será a tentativa de revitalizar a orla do município, que vem sendo duramente atingida pelo avanço do mar. Já existem recursos de 50 milhões garantidos, frutos do repasse do governo Federal, viabilizados no atual mandato do senador Sérgio Guerra (PSDB). Não é toa que Elias tem pressa e já anunciou que, até o ano que vem, as obras devem se iniciar, com previsão de conclusão em 2012, ou seja, na época das eleições municipais.


Caso consiga tocar uma parte, ou até mesmo finalizá-la, a obra de contenção do avanço do mar será a grade cartada de Elias nos próximos dois anos, pois ele sabe que será difícil realizar tudo que prometeu sem apoio. E sem uma grande obra realizada, Elias sabe que suas chances de uma possível reeleição caem bastante. E após 4 anos de governo, a estratégia de colocar a culpa nas gestões passadas não funcionará mais. Nos resta aguardar e esperar o desfecho de toda essa história, torcendo para que essa guerra partidária (velada, por enquanto) não penalize ainda mais o povo jaboatonense. 

E você que acompanha o blog, o que espera dos próximos dois anos do governo de Elias Gomes? Deixe seu comentário. Participe. 

Um comentário:

Unknown disse...

Elias é acusado de ficar “em cima do muro”
Criticado pela iniciativa de lançar sua candidatura ao Senado, o ex-secretário de Saúde do Estado e do Recife, o médico Guilherme Robalinho, não poupou críticas aos aliados.
Afirmou que diversos representantes do PSDB e do
DEM estão migrando para os braços do governo estadual e personificou a acusação na pessoa do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes. Robalinho destacou que o prefeito pertence aos quadros do PSDB, mas vive em cima do muro, sem fazer oposição ao Governo do Estado. E, segundo ele, “não vai mudar essa postura cômoda”.
UMA ATITUDE COMO ESTA DE UM CHEFE DO EXECUTIVO MUNICIPAL É ALTAMENTE CATASTRÓFICA PARA NÓS DE JABOATÃO. ELE FICOU DO LADO DE SERRA. PERDEU! FICOU DO LADO DE JARBAS. PERDEU TAMBÉM. FAÇO UMA PERGUNTA. COMO FICA A SITUAÇÃO DE JABOATÃO, UM PÓLO ALTAMENTE PRODUTIVO SEM TER OS OLHOS DA ESFERA ESTADUAL E DA ESFERA FEDERAL? VAMOS CAIR NA MISÉRIA! ESPERO QUE ELES NÃO SEJAM RANCOROSOS. CABO DE SANTO AGOSTINHO VAI SE DAR BEM, AFINAL TEM UM PREFEITO, NO MÍNIMO INTELIGENTE! SOUBE ESCOLHER O LADO CERTO DA POLÍTICA.