Amargando o título de 6ª pior cidade em saneamento do Brasil (faço questão de repetir para ver se os gestores fazem alguma coisa), não é de se estranhar que Jaboatão tenha altos índices de contaminação por doenças como esquistossomose, ameba, filariose, entre outras.
A Lagoa Olho D'água, por exemplo, concentra um dos maiores focos de contaminação de esquistossomose e filariose de Pernambuco. Tudo fruto da falta de saneamento e infraestrutura, numa área de grande concentração populacional e ignorada pelos gestores públicos. E as crianças são as maiores prejudicadas, pois sem orientação, se expõem com maior facilidade a essas doenças.
Enquanto a sonhada infraestrutura e saneamento não chegam (apesar das promessas), Jaboatão vai dar um passo pelo menos no que diz respeito ao tratamento e orientação das crianças contaminadas.
Na manhã de hoje (22/03), as prefeituras de Recife, Olinda e Jaboatão assinaram um convênio com a Organização Nacional da Sáude (ONS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Secretaria Estadual de Saúde, para aplicação de um projeto de tratamento de doenças como esquistossomose, filariose, hanseníase, entre outras causadas por parasitas.
O projeto terá duração de 1 ano e fará exames gratuitos em crianças de até 14 anos que estudem nas redes municipais de ensino das 3 cidades. Diagnosticado algum tipo de contaminação, as crianças serão tratadas e receberão orientações de prevenção. As ações se estendem ao redor da comunidade onde as crianças contaminadas vivem. Atividades lúdicas como o teatro também serão utilizadas para ajudar na prevenção (se é que é possível quando você tem que pisar na lama todo dia para entrar em boa parte das escolas de Jaboatão).
O projeto está sendo financiado pelo BIRD (Banco Interamericano do Desenvolvimento) e custará U$ 300 mil dólares, que serão divididos entre Jaboatão, Recife e Olinda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário