sexta-feira, 6 de maio de 2011

Polícia retira mil famílias de invasão em Curcurana

Ação de reintegração de posse foi movida pela prefeitura de Jaboatão e pelo proprietário do terreno


 Invasão estava localizada perto da lagoa Olho D'água, em área de mangue e sem infraestrutura.
Área é considerada de proteção ambiental

Cumprindo determinação judicial expedida em março pelo juiz Jader Marinho, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Jaboatão, a Polícia Militar de Pernambuco retirou cerca de mil famílias que invadiram uma área de preservação ambiental de propriedade privada, em Curcurana. A ação começou nesta sexta-feira (06/05), às 5h da manhã. Além do processo de demolição, movido pela Prefeitura de Jaboatão, há ainda um processo de reintegração de posse movido pelos proprietários da área.

Segundo o procurador geral do município, Henrique Leite, a Prefeitura entrou com a ação por três motivos principais. “1º essa é uma área de preservação ambiental e os invasores estavam destruindo a área do mangue, derrubando árvores, e área de mangue é de preservação constante; 2º estava começando um processo de favelização, não havia planejamento urbano e 3º as pessoas estavam em uma situação sub-humana, sem saneamento, em uma área de alagamento constante”, diz. 

Henrique Leite explica que a Prefeitura negociou com as famílias, desde a expedição do mandado de demolição, para que saíssem voluntariamente. Como não houve exito o juiz encaminhou o mandado para a Polícia Militar. “A situação estava se agravando, eram mais de mil famílias vivendo de forma sub-humana, muitas delas dentro d'água, sem saneamento. Sem falar que essa é uma área de preservação ambiental, muitas áreas de mangue foram totalmente devastadas para a construção dos barracos”, completa.


Segundo o Coronel Dennys, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela segurança do município, foi utilizado um efetivo de 600 homens do 6º Batalhão e de Batalhões da Capital e da Região Metropolitana, além de policiais do Choque, Rocam, Cpcans e Cavalaria. Não houve resistência. 


Nenhum comentário: