Crescimento interrompido: decreto que proíbe construções num raio de 500 metros da lagoa interrompe projetos de infraestrutura da iniciativa privada

A falta de políticas públicas de infraestrutura e saneamento, são entraves que dificultam futuros investimentos da iniciativa privada em Jaboatão. Atualmente, o setor da construção civil é o mais afetado. 

As informações que chegam ao blog através de fontes seguras, é de que vários empreendimentos imobiliários na zona sul de Jaboatão foram suspensos em virtude da dificuldade que o poder público impõe a esses investimentos. Como falta estrutura em várias localidades, as construtoras estão dispostas a financiar grande parte das obras de infraestrutura necessárias aos seus empreendimentos,  como pavimentação e drenagem de ruas. Mas o  município fica perdido, dificultando a aprovação dos projetos.

Nos bairros de Piedade e Candeias, considerados estratégicos pelas construtoras em virtude da proximidade com o pólo industrial de Suape, construções de conjuntos habitacionais financiados pela Caixa foram suspensas após o decreto da prefeitura que proibiu novas construções numa distância de até 500 metros da Lagoa Olho D'água durante 90 dias. A iniciativa privada achou o decreto exagerado e tem criticado bastante a medida. 

Uma grande construtora que tem interesse numa das áreas na lagoa, já havia inclusive, elaborado projetos de drenagem e pavimentação que beneficiariam, além de seus empreendimentos, dezenas de comunidades próximas - "Os projetos já estavam todos prontos, com custo zero para o município. A prefeitura não faz a infraestrutura e ainda dificulta projetos da iniciativa privada. Entendemos a necessidade dos estudos para região da lagoa, mas é preciso agilidade para não prejudicar a população. Investimentos desse porte geram empregos, solucionam déficts habitacionais e ainda trazem melhoria na qualidade de vida da população através de obras de drenagem e pavimentação que estamos dispostos a fazer" - diz uma das pessoas ligadas ao projeto, que por enquanto  prefere não se identificar.

Enquanto a o poder público não acompanha a demanda da população por moradias e infraestrutura, Jaboatão perde grandes investimentos, que poderiam gerar milhares de novos empregos. Perde também a população da Lagoa Olho D'água, que continua vivendo em situação precária e deixa de ser contemplada pelas melhorias que poderiam ser executadas pela iniciativa privada. Até quando? Se Jaboatão não tem recursos para executar as obras, porque não se alia a iniciativa privada, que está disposta a ajudar? Foi numa parceria entre poder público e iniciativa privada que surgiu o Paiva. Porque não fazer algo parecido (dentro da realidade, é claro) na lagoa? Vai entender...