Este é um dia muito triste para população do Cabo de Santo Agostinho. Perder a fábrica da Fiat é sem dúvida uma grande frustração para o nosso povo. Quando se anunciou que Fiat viria para nossa cidade, criou-se a expectativa de que, a partir deste grande investimento, nossa cidade estaria sendo finalmente premiada por uma ação que qualificaria nosso crescimento econômico, dando as condições para se financiar, a partir das receitas geradas pela empresa, a melhoria da nossa infraestrutura, saúde e educação, além de possibilitar a formação de uma classe média sólida que daria sustentação ao processo de desenvolvimento da cidade do Cabo.
Seria algo de relevância estratégica para o futuro do Cabo a confirmação desta empresa no município. Para se ter uma ideia desse impacto, a Fiat gera para o município de Betim, onde está instalada uma unidade da montadora, cerca de 36% de ICMS. Outro aspecto importante é que a Fiat tem uma política de investimento social muito forte, que vai do apoio cultural até o financiamento de projetos educacionais, portanto, não se trata de qualquer empresa.
Fiz o que estava ao meu alcance para manter a fábrica no Cabo. Propus alianças com adversários políticos para uma mobilização em prol da permanência da empresa em nossa terra, mas a resposta que recebi foi o silêncio. Não fiz da Fiat uma bandeira política e nem perdi tempo buscando culpados, até porque tal decisão não passaria apenas por uma mobilização política. Mas não lutar por algo que já tinha sido anunciado e com pedra fundamental cravada em nossas cercanias é, no mínimo, estranho. O povo do Cabo não vai tolerar essa omissão.
Como pernambucano, fico satisfeito em ter a Fiat em nosso Estado, mas como cabense sinto que uma grande oportunidade foi perdida.
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