Empresas pequenas venciam as licitações, deixavam as obras (principalmente ruas) pela metade e pediam adicional, que era negado pela prefeitura
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Tem muita gente questionando o por que muitas obras em Jaboatão começavam e não eram concluídas. Pois bem... além dos problemas em editais de licitação, que nosso blog já abordou em alguns posts desde o ano passado, outro problema está relacionando à esperteza de algumas empreiteiras.
De acordo com fontes seguras de dentro do governo, quando o município lançava alguma licitação para uma pavimentação de uma rua, por exemplo, empresas pequenas geralmente entravam na concorrência, ofereciam preços muito baixos, venciam, começavam as obras e as deixavam pela metade. Quando questionadas pelas administração o motivo da obra ter sido paralisada, essas empresas entravam com recursos na justiça pedindo adicional para poderem tocar as obras.
Ao que tudo indica, o prefeito Elias Gomes teria se negado a pagar esse adicional a muitas dessas empresas, tendo entrado com recursos na justiça para cancelar vários contratos, o que teria atrasado algumas obras. Além disso, dizem as más línguas, que o serviço executado por essas empreiteiras espertalhonas não era de boa qualidade.
Para tentar impedir a prática do "vence licitação a preço de banana, após pede adicional", muito comum em Jaboatão ao longo dos anos, o prefeito Elias Gomes adotou uma estratégia diferente na hora de contratar as empresas. Ao invés de fechar licitação para pavimentar uma rua isoladamente, a prefeitura fechou uma espécie de pacote com as empreiteiras para pavimentar várias ruas de uma vez só. Dessa forma, apenas empresas com maior estrutura estariam aptas a entrar na concorrência, diminuindo consideravelmente o risco das obras serem paralisadas - isso de acordo com a gestão.
Agora nos cabe esperar para ver se as grandes empresas também não vão pedir o adicional e torcer para as obras importantes realmente sairem do papel.
2 comentários:
Trabalho com compras e licitações e existem diversos mecanismos que podem impedir essas empreiteras espertas de participar das licitações. O Comissão precisa definir melhor o objeto além de, na fase de habilitação, definir cirtérios bem específicos, selecionando empresas indôneas. Além disso, a partir do momento qeu a empresa tem esse tipo de atitude ela fica impedida de participar novamente de outras licitações para o mesmo objeto. A Comisssão de Licitação de Jaboatão precisa exigir garantias de execução. Isso tudo é previsto na Lei 8.666/96.
Concordo com Ricardo...vieram ver essa tramóia tão comum em Jaboatão agora? Querem tanto economizar nas obras e terminam com elas pela metade...a culpa é apenas das empreiteiras? Claro que não!!! A prefeitura precisa ter uma atenção estrema com quem contrata para executar seus projetos, fiscalizar, procurar antecedentes e não apenas olhar o preço...
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