Nos bastidores do poder o comentário é de que a ida de Heraldo Selva para a presidência da URB no Recife não foi tão amigável assim. Comenta-se que o PSBD de Elias Gomes teria prometido espaço e secretarias ao PSB, mas as pastas foram sendo preenchidas e o PSB teria sido escanteado, teria ficado com pouco espaço na gestão. Como revanche, o governador Eduardo Campos teria ordenado que Heraldo Selva ocupasse um cargo de importância na gestão Geraldo Júlio, no Recife.
E tem aqueles vão além, que dizem que o desentendimento entre Elias e Heraldo pode ter sido em virtude do descumprimento de um possível acordão feito entre Elias Gomes e o governador Eduardo Campos (PSB). Este acordão incluiria a entrega da prefeitura de Jaboatão ao PSB do governador Eduardo Campos em 2014 (Heraldo, neste caso seria o prefeito por 2 anos). Como Eduardo Campos pretende ser candidato a presidência e Jaboatão é o segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, a cidade é bem valiosa no ponto de vista estratégico.
Com o seu mandato de prefeito quase no final, após entregar Jaboatão ao governador, Elias arriscaria se candidatar a deputado federal, com o apoio de Eduardo Campos e do PSB. Além de continuar na função pública, como deputado federal Elias Gomes teria ainda a missão de ajudar na candidatura Aécio Neves à presidência.
No meio de todas estas especulações, tanto Elias, quanto Heraldo, negam que tenha havido qualquer desentendimento ou descumprimento de acordos políticos e que a decisão de Heraldo de ir para o Recife foi amigável.
E para dar mais gás a esta confusão que a administração de Jaboatão se transformou na última semana, a pouca oposição que resta em Jaboatão não está engolindo o fato de Heraldo não ter renunciado e estar ocupando 2 cargos, um de vice-prefeito "stand by" de Jaboatão e o outro de presidente ativo na URB. O Psol pretende entrar com uma ação judicial contra Heraldo nos próximos dias acusando-o de ocupar dois cargos públicos em cidades diferentes, o que é proibido pela lei Orgânica de Jaboatão.
Talvez, esta ação judicial caia como uma luva para justificar o possível rompimento do PSDB e PSB sem causar grandes estragos na imagem dos dois partidos. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos...
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