Imagem feita agora a tarde pelo nosso blog mostra trabalho de retirada do material do Canal de Setúbal |
Funcionários da empresa contratada pela prefeitura de Jaboatão para remover a lama, lixo e terra do canal de Setúbal (que passou por limpeza nos últimos dias), estão vendendo o material retirado do canal, localizado as margens da poluída Lagoa Olho D'água. Os compradores são moradores da região, que pagam o equivalente a R$ 100 pela caçamba do material duvidoso.
Os compradores utilizam o material (uma espécie de terra preta de consistência pastosa) como aterro, ignorando o risco que este material pode trazer a saúde, já que a lama retirada está provavelmente contaminada por substâncias tóxicas provenientes do esgoto lançado in natura na lagoa. Além disso, o material possui alto teor de sal, o que pode comprometer as construções. Pela lógica, todo sedimento retirado do canal e da lagoa deveria ser descartado em local adequado, não ser vendido a população, como está acontecendo.
No Rio de Janeiro, por exemplo, quando foi feita a dragagem do Canal do Fundão (na época tão poluído como a Lagoa Olho D'água é hoje), todo sedimento retirado foi utilizado como aterro. Mas lá, o material foi isolado em espécies de bolsões de plástico gigantescos, depois compactado e protegido por uma camada grossa de concreto, isolando o material do contato humano.
Será que a prefeitura de Jaboatão tem noção do perigo e de que isto está acontecendo?
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