segunda-feira, 8 de abril de 2013

Oposição critica 100 dias da segunda gestão Elias Gomes e cobra obras atrasadas

César Ramos é presidente municipal do Psol
Por César Ramos

Nesta semana, completar-se-á 100 dias do segundo mandato de Elias Gomes à frente da prefeitura de Jaboatão. Vamos aqui fazer um balanço da situação econômica, política e social do município nesses primeiros dias (anos) do governo tucano. 


1. CRISE FINANCEIRA 

Após ter escondido, ao longo do ano de 2012, a real situação de crise fiscal que vivia o município, passadas as eleições o desequilíbrio econômico tomou conta da cidade: demissões sumárias, contratos revisados e obras paralisadas que se espalham por toda a cidade. Com este cenário, Elias Gomes iniciou seu segundo mandato com um rombo fiscal semelhante à “herança maldita” que recebeu de Newton Carneiro em 2009, só que, neste caso, criada por ele mesmo! 

2. INSTABILIDADE POLÍTICA E INDÍCIO DE CORRUPÇÃO

Renuncia do mandato para que o vice, Edir Pires, assumisse; férias em meio ao caos, manobra de Heraldo Selva (atual vice-prefeito) que tentou mudar, inconstitucionalmente, a Lei Orgânica do Município na intenção de ocupar outro cargo público no Recife, repercutiram negativamente na mídia estadual, caracterizando Jaboatão como uma cidade que "tudo pode" e que não há lei! A relação clientelista que mantinha com a Câmara de Vereadores, parece ter sido “quebrada”, como se verificou na derrota do prefeito no caso da compra do terreno para o Instituto Federal de Jaboatão (com indícios de superfaturamento e favorecimento), marcou o início desse governo. O indício de favorecimento na licitação, denunciado pelo Tribunal de Contas (TCE) para construção da Maternidade Municipal (com recursos do Estado), parece ter frustrado um “esquema” envolvendo uma quantia superior à R$ 23 milhões. Somem-me a isso outras dezenas dispensas de licitações e indícios de superfaturamentos. 

3. OBRAS INACABADAS 

Em Jaboatão, obras importantes encontram-se paralisadas, sem, sequer, possuírem previsão de conclusão. Obras de infraestrutura como: canais inacabados, contenções de encostas que só possuem a placa e conjuntos habitacionais que se arrastam desde o governo de Newton Carneiro, caracterizam esse governo que é muito eficiente em anunciar obras, fazer propaganda, prometer e não cumprir. 
O que dizer da Policlínica Mariinha Melo em Vila Rica? Do Cine Teatro Samuel Campelo e outras escolas e PSFs em reformas eternas? A lendária reforma do Mercado de Cavaleiro, a drenagem da Lagoa Olho D´água e as casas da Moenda de Bronze (que se arrasta desde a cheia de 2005), são exemplos de obras em parceria com o governo estadual que também permanecem inconcluídas em Jaboatão. 

4. SERVIÇOS PÚBLICOS COMPROMETIDOS 

Acabamos o primeiro trimestre e até agora os alunos da rede municipal não receberam o fardamento escolar, prometido recentemente, na última campanha eleitoral do prefeito, que seria entregue no início do ano letivo e até agora nada! A iluminação pública, que é um dos piores serviços dessa gestão, tem deixado a cidade no escuro contribuindo, ainda mais, para agravar o caos da violência e insegurança pública na cidade. O lixo é outro problema que parece ter piorado no início desse ano, onde, nos quatro cantos da cidade, verdadeiros lixões se formam em cada esquina. Na saúde, a falta de médicos e a demora no atendimento (agravado pelas reformas inacabadas dos PSFs), têm agravado o precário estado da saúde pública do município. 

5. PROMESSAS DE 2008 ATÉ HOJE NÃO FORAM CUMPRIDAS!

Para chegar ao poder em 2008, Elias Gomes prometeu os céus e a terra: Prometeu calçar 1.000 ruas e não cumpriu! Construir 30 novas escolas e não cumpriu! 40% de saneamento básico, não cumpriu! Implantar 200 novas Unidades de Saúde Família e também não cumpriu! 

O discurso de que está “arrumando a casa”, não cola mais! Por que não fez? Não fez por que? Se teve tempo pra fazer?” O que perece mesmo é que essa gestão perdeu o rumo e Elias Gomes perdeu a vontade de governar, deixando a vida dos quase 700 mil cidadãos à deriva. 

Esses primeiros cem dias evidenciaram que o segundo mandato será pior que o primeiro, tal qual aconteceu na cidade do Cabo, onde, após ganhar as eleições, sem ter mais o interesse de se reeleger, fez um segundo mandado desastroso. 
Cabe, portanto, à população e às lideranças populares que possuem o mínimo de senso crítico, pressionar a prefeitura para que as condições de vida da população que mais precisa não sejam, ainda mais, pioradas.

César Ramos
Presidente Municipal do Psol

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