Imagem: Marcelo Ferreira (divulgação Prefeitura Jaboatão)
Habitacional Olho D'água foi construído em Cajueiro Seco - Jaboatão. Bairro já possuía infraestrutura precária antes de ganhar novas 1.300 famílias |
Os moradores de Cajueiro Seco, Jaboatão, estão nada satisfeitos com os problemas que o Habitacional Olho D'água está causado a infraestrutura já comprometida do bairro. De acordo com moradores, desde que as 1.300 moradias foram construídas pelo governo do Estado para abrigar as famílias que desocuparam as margens da Lagoa Olho D'água (2011 a 2012), o bairro vem se deteriorando ainda mais, pois a quantidade de moradores aumentou e a urbanização continua precária.
Um morador que pediu para não ser identificado (pois teme que o Governo do Estado demore ainda mais pra resolver os problemas por pirraça), entrou em contato com o blog para denunciar que a rede de esgoto do habitacional nunca funcionou e que os dejetos de fezes humanas estão sendo despejados nas galerias pluviais, que estão entupidas e abertas.
"Menos de um ano após a inauguração do Habitacional Olho D'água, a obra apresenta calçamento estragado, esgoto estourado e uma estação de tratamento de esgoto que nunca funcionou. A Companhia Estadial de Habitação - CEHAB/PE - ainda presenteou os moradores com imensas lixeiras em frente a suas residências" - reclama o morador, acrescentando que já existe um projeto para modificar as lixeiras, previamente discutido e aprovado pela comunidade, mas que nunca foi colocado em prática.
"Nosso dinheiro foi empregado em uma obra mal feita. Estamos com lixo e esgoto em frente as nossas residências graças a uma obra tocada pela CEHAB/PE, através do PAC. Descaso e falta de respeito com o ser humano. Não quero voltar para relatar acidentes ocorridos devido estes bueiros abertos e esgoto jorrando em nossas faces. Precisamos que sejam desobstruídos o esgoto do sistema que serve o conjunto na rua Nova Roma "rua A" e que seja dado celeridade na requalificação das lixeiras" - finaliza nosso leitor.
Existem ainda denúncias de que alguns moradores estão tendo dificuldades para se adaptar as novas moradias - "Muita gente que vivia na lagoa tinha carroças, vivia de reciclagem ou criava animais para fazer o transporte de materiais de construção. Era o sustento dessas pessoas. Quando se mudaram, esses moradores não tiveram mais espaço para guardar essas carroças e animais e alguns acumulam esses materiais e animais na área interna do habitacional. Isso sem falar que no ano passado, quando as primeiras famílias se mudaram, não havia escolas para todas as crianças perto do habitacional. Muitos perderam o ano letivo por falta de escolas e transporte" - denuncia uma líder comunitária que também pediu para ficar no anonimato temendo retaliações.
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