Imagens reproduzidas do Google Earth
A atual imagem de satélite mostra um aumento considerável
na degradação da Lagoa Olho D'água por queimadas
A recente atualização das imagens de satélite do Google Earth, revelaram um cenário preocupante da maior lagoa de formação de restinga em área urbana do Brasil. Focos de incêndios e diversas áreas queimadas foram nitidamente fotografadas em diversos pontos da Lagoa Olho D'água, em Jaboatão dos Guararapes.
Os incêndios na Lagoa Olho D'água, muitas vezes criminosos, foram várias vezes denunciados e mostrados aqui no blog. Eles acontecem com maior frequência no verão, matando dezenas de aves e os poucos animais terrestres que ainda restam na lagoa, como cobras, timbus e jacarés.
Outra imagem curiosa revelada pelo Google foi uma grande mancha cinza na margem leste da lagoa, que deve se tratar da lama do esgoto não tratado acumulada, o que comprovaria que o assoreamento da lagoa tem sido rápido. Esse aumento no processo de assoreamento da lagoa pode ter agravado, inclusive, o problema de alagamento na zona sul de Jaboatão durante o último inverno. Com a lagoa entupida de lama e poluição, a água das chuvas não tem para onde escoar, causando alagamentos em Piedade, Candeias, Barra de Jangada e outras dezenas de comunidades num enorme raio de distância da lagoa.
Mancha cinza comprova que o esgoto lançado
acelera o processo de assoreamento da Lagoa Olho D'água
Atualmente, estima-se que a profundidade máxima da Lagoa Olho D'água é de 80 centímetros. No passado a lagoa possuía um pouco mais de 8 metros. Se o processo de assoreamento não for revertido através de uma dragagem, a Lagoa Olho D'água corre o risco de desaparecer, causando grandes problemas ambientais e sociais em toda região ao seu redor.
O IBAMA e a Secretaria de Meio Ambiente de Jaboatão tem conhecimento dos focos de incêndio, mas não desenvolvem nenhuma ação preventiva para evitá-los. Já o Governo do Estado, está revitalizando a lagoa (com verba do PAC) a passos de tartaruga. Um conjunto habitacional está sendo construído em Cajueiro Seco e deverá abrigar mais de 1300 famílias em situação de risco, que hoje vivem nas margens da lagoa, numa área de proteção ambiental e que não poderia ter sido habitada. A segunda etapa será a urbanização da lagoa, que está ainda em fase de licitação. O governo promete entregar a lagoa revitalizada em 2012. Será que vai dar tempo?