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Dilma Rousseff é a 1ª mulher presidente eleita no Brasil
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Com a vitória da petista Dilma Rousseff (PT), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), saiu ainda mais enfraquecido no ponto de vista político. Quando eleito, Elias teve uma posição neutra, reiterando o compromisso de não fazer oposição ao governador Eduardo Campos (PSB), para não prejudicar Jaboatão. Mas o discurso mudou com o passar do tempo.
Diferente de outros prefeitos tucanos daqui do Estado, Elias foi um dos poucos que resolveu apoiar Jarbas (PMDB) abertamente, fazendo oposição a Eduardo. Jarbas foi derrotado, obtendo apenas 14,06% dos votos válidos no Estado. Em Jaboatão sua votação foi ainda menor, 12,48%.
Restava eleger o senador Marco Maciel (DEM), que também foi derrotado por Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT). Dessa forma, Elias Gomes não teve nenhum senador eleito em seu partido que pudesse aprovar projetos de Jaboatão.
Já deputados federais, foram eleitos Sérgio Guerra (PSDB), Bruno Araújo (PSDB), Mendonça (DEM), Augusto Coutinho (DEM) e Raul Henry (PMDB), ou seja, minoria absoluta dentro do congresso Federal, tendo em vista que a maioria esmagadora dos 25 deputados federais de PE apoia o governador Eduardo Campos.
A derrota de José Serra trouxe ainda mais dor de cabeça para Elias Gomes. Caso Serra fosse eleito, Elias também sairia vitorioso, pois teria o apoio do presidente para obras em Jaboatão, o que não aconteceu.
Como isso pode prejudicar Jaboatão?
Por mais que Elias Gomes tente se posicionar de forma amigável com a oposição, sabemos que a guerra no cenário político de Jaboatão foi instaurada desde o primeiro turno. Dificilmente os senadores eleitos buscarão recursos federais para obras de grande porte em Jaboatão, como as de infra-estrutura e saneamento, pois poderiam fortificar Elias politicamente e isto é tudo que a oposição não quer, mesmo que não demonstre. O número de deputados federais que apoiam Elias Gomes também é muito pequeno, o que dificulta a liberação de recursos para o nosso município.
Nos próximos dois anos, Jaboatão não deverá começar nenhuma obra de grande porte. Para tentar se reeleger, resta a Elias tocar a obra de contenção do avanço do mar, a qual já existem recursos disponíveis de mais de R$ 50 milhões. Esse montante foi aprovado e trazido a Jaboatão quando Sérgio Guerra ainda era senador.
Não é a toa que Elias anunciou que em 2011 as obras de contenção do mar devem se iniciar, com previsão de conclusão em 2012, ou seja, na época das eleições municipais. O tucano sabe que se não fizer uma obra de grande porte em Jaboatão, suas chances de reeleição diminuem bastante. Se a obra na orla realmente sair do papel, deverá ser o portfólio do governo Elias para tentar uma possível reeleição.
Já as obras de revitalização da Lagoa Olho D'água, Estrada da Batalha e acesso a praia do Paiva, são obras tocadas pelo Governo Federal em parceria com o Estado. As obras da Lagoa seguem lentamente, dando a impressão que o Estado não quer investir em Jaboatão para não favorecer Elias.